A suplementação com L-carnitina tem sido relacionada com uma
significante diminuição nas taxas de mortalidade, arritmias ventriculares e
anginas causadas por infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, em virtude
da estrita regulação homeostática das concentrações plasmáticas de L-carnitina,
doses mais elevadas de do elemento podem não proporcionar benefícios
terapêuticos adicionais.
O estudo realizado por Shang et al. (2014) teve como objetivo
avaliar os efeitos da L- carnitina em diferentes doses de manutenção, via oral,
sobre todas as causas de mortalidade e morbidade cardiovascular no IAM para
avaliar qual a dose mais indicada para prevenção. Após uma revisão sistemática
em bases de dados desde novembro de 2013, cinco estudos controlados (amostragem
de 3108 indivíduos) foram selecionados para avaliar os efeitos da L-carnitina,
de acordo com seu uso e dosagens.
Os resultados obtidos mostraram que não houve alterações significantes
entre as quatro (2g, 3g, 4g e 6g) diferentes dosagens de L-carnitina
pesquisadas, apenas um discreto destaque para a dose de 3g no cenário de IAM.
Pode-se concluir com o estudo que a dose mais indicada para administração de L-carnitina
é de 3g diários. Doses maiores que 3g diários não causam maiores benefícios.