Probióticos nas doenças de pele

Estudos Científicos
15/mai/2018

PROBIÓTICOS


As más condições da pele podem causar grandes desconfortos devido a sua alta visibilidade, podendo afetar gravemente a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. A maioria dos revestimentos epiteliais do nosso corpo, como a pele e a mucosa, são colonizados por um grande número de microrganismos que constituem o que chamamos de microbiota cutânea.

Sua composição depende de certas características: concentração de glândulas sebáceas, hidratação, temperatura, genética e fatores ambientais (Mottin VHM. et al., 2018).

 

O que pode afetar

As alterações na microflora cutânea, assim como alterações na microbiota do trato gastrointestinal, podem afetar de maneira positiva ou negativa as condições da pele através de várias formas, principalmente na produção de agentes antimicrobianos, na regulação da resposta imune e inflamatória.

Os probióticos atuam sobre o trato gastrointestinal, equilibrando a microbiota e protegendo o organismo contra a ação de agentes patogênicos. A dermatite atópica (DA) é uma condição inflamatória da pele, geralmente apresenta um curso crônico associado a períodos de remissão e recaída.

Pesquisas recentes mostram a eficácia do uso de Bifidobacterium bifidum para o tratamento dessa patologia. Os Bifidobacterium bifidum possuem propriedades de ativação do sistema imune, podendo ser útil para a prevenção de alergia. As doenças alérgicas estão diretamente relacionadas a uma alteração no equilíbrio de algumas células que levam à ativação e liberação de citocinas e à disfunção da produção de IgE, um anticorpo que participa das defesas do organismo.

Em um outro estudo foi comprovado que a administração de Lactobacillus salivarius teve ação imunomoduladora verificada através da redução da produção de citocinas por Th2, mantendo a produção de citocinas por Th1 estável. Além disso, foi observada uma redução da severidade da dermatite atópica.

Perigos e sintomas

Nos últimos anos, a prevalência da doença está aumentando em nível alarmante, onde esse aumento pode ser atribuído a distúrbios na composição da microbiota, escassez do saneamento, aumento no uso de antibióticos, presença de ácaros no ambiente e mudanças no estilo de vida.

Outra má condição comum na pele é a acne, que afeta o folículo pilossebáceo, resultando em um aumento na produção de sebo, que pode ser induzida por hormônios, queratinização alterada, processos imunológicos e colonização bacteriana nos folículos pilosos de diversas regiões do corpo.

Como tratar

As opções de tratamento incluem cuidados adequados com a pele, agentes antimicrobianos tópicos e orais, ácidos retinóicos e peróxido de benzoíla. No entanto, o uso de probióticos é uma alternativa promissora para ao tratamento convencional, onde inibe o crescimento do agente causador da acne, diminui a resposta inflamatória, e suaviza os efeitos colaterais dos tratamentos habituais.

Um estudo demonstrou a eficácia do Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum como coadjuvante ao tratamento padrão, onde melhorou o resultado clínico e o aspecto das lesões acneiformes.

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Autor(a)

Letícia Oliveira
Letícia Oliveira
Farmacêutica Consultora Técnica Consulfarma

Farmacêutica, Pós-graduada em Tecnologia Cosmética e com MBA em Cosmetologia. Atua na área de Farmácia Magistral ao longo de sua carreira. Trabalha como Consultora Técnica na Consulfarma e no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa há mais de 9 anos. Integrante do Corpo Docente do Instituto de Cosmetologia.

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