Dose Ultrabaixa de Estriol na Pós-Menopausa

Estudos Científicos
16/set/2021

Reverte os Sintomas Vulvovaginais nesse Grupo de Mulheres e que Usavam Inibidores da Aromatase


Uso de Estriol em Mulheres na Pós-Menopausa e sob Tratamento com Inibidores da Aromatase

Reduz a Atrofia Vaginal e sem Gerar Grandes Flutuações nos Níveis de Estrógenos

 

A depleção de estrógenos durante a menopausa pode resultar em sintomas de atrofia vulvovaginal (VVA), um componente da síndrome geniturinária da pós-menopausa (GSM) que inclui alterações em: 


Grandes e pequenos lábios

Clitóris

Vestíbulo/introito

Vagina

Uretra

Bexiga


Os sintomas da atrofia compreendem prurido, secura vaginal, desconforto e dor durante a relação sexual.


Estriol e a Atrofia Vaginal


O estriol é considerado o estrógeno fisiologicamente ‘mais fraco’, ou seja, apresenta pouco efeito proliferativo nos tecidos mamário e endometrial, não estando relacionado com a iatrogênese do carcinoma humano.


Estudos clínicos indexados mostram que baixas doses de estriol melhoraram consideravelmente o trofismo da mucosa vaginal, além de melhorar também a função sexual das mulheres tratadas e sua qualidade de vida. O estriol também é comumente utilizado na modulação hormonal, sendo eficaz no controle de alguns sintomas da menopausa, como fogachos (ondas de calor) e, principalmente, na atrofia vaginal e infecções do trato geniturinário.

 

Estes resultados indicam que o estriol deve ser considerado como tratamento de primeira linha para os sintomas geniturinários presentes na pós-menopausa.




Estudo Comprova:

Baixa Dose de Estriol Reverte os Efeitos da Atrofia Vaginal

 

Estudo conduzido por Hirschberg et al. (2020) teve como objetivo medir a eficácia e segurança de doses ultra baixas de estriol em gel vaginal em mulheres com câncer de mama recebendo inibidores da aromatase e que apresentam sinais e sintomas vulvovaginais.


Resultados:

 

As pacientes do grupo tratamento apresentaram melhora significativa nos valores referentes a maturação celular, pH, secura vaginal e nos escores globais que medem os sinais e sintomas da Atrofia; 


Houve aumento também no grupo 1 nos escores totais do FSFI;


Pequenas oscilações foram observadas nos níveis de FSH e LH, que permaneceram dentro dos padrões para mulheres na pós-menopausa;


Os níveis de estriol aumentaram inicialmente e se normalizaram na semana 12, já os níveis de estradiol e estrona permaneceram indetectáveis no decorrer do estudo.



Conclusão:

 

Dose ultrabaixa de estriol mostrou eficácia na melhora dos sinais e sintomas da atrofia vulvovaginal. Esses resultados, em conjunto como mínimo de oscilação dos níveis hormonais durante o tratamento, embasam o uso do estriol em baixas doses como opção de tratamento para a atrofia vulvovaginal em mulheres com câncer de mama recebendo inibidores da aromatase.


Referências:

HIRSCHBERG, AL. et al. Efficacy and safety of ultra-low dose 0.005% estriol vaginal gel for the treatment of vulvovaginal atrophy in postmenopausal women with early breast cancer treated with nonsteroidal aromatase inhibitors: a phase II, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Menopause. 2020 Feb 10.

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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