Flatulência em Cães

Estudos Científicos
06/mai/2021

Entenda a formação, causas e como tratar esse tipo de distúrbio, mais comum nos cães


Flatulência

Fatores Associados

Flatulência é a formação excessiva de gases no estômago ou no intestino, liberados pelo ânus. Ocorre mais em cães do que em gatos. Resulta, frequentemente, de exagero dietético, mas pode anunciar uma gastroenteropatia mais séria.

As duas fontes principais de gases intestinais são:

  • Ar engolido;
  • Fermentação bacteriana de nutrientes.

Composição dos Gases Intestinais

O gás intestinal é composto, primariamente, de nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, metano e dióxido de carbono; todos inodoros. Gases fétidos como amônia, hidrogênio, sulfetos, escatóis, indóis, mercaptanas, amina voláteis e ácidos graxos de cadeia curta compõem menos de 1% do gás intestinal.

Dieta e Gases

Dietas fracamente digeríveis que escapam da assimilação intestinal, e com isso ficam disponíveis para fermentação colônica, proporcionam liberação de gases fétidos associados com flatulência.

®     Dietas com alta concentração de leguminosas (como farelo de soja, que contém oligossacarídeos indigeríveis);

®     Dietas estragadas;

®     Dietas ricas em gordura e laticínio.


Outros Fatores que Levam à Formação de Gases

1.    A alteração rápida na dieta ou o aumento na concentração de um componente dietético (sobretudo carboidratos ou fibras) podem causar flatulência no período de adaptação intestinal;

2.    A aerofagia causada por glutonaria ou dispneia;

3.    Estados doentios que causam má-assimilação de nutrientes, tornando-os disponíveis para fermentação colônica, como enteropatia inflamatória, proliferação bacteriana no intestino delgado, neoplasia, síndrome de intestino irritável, parasitismo, enterite bacteriana, enterite viral, insuficiência pancreática exócrina (TILLEY; JR; K, 2015).


Sintomas:

 

®     Aumento na frequência e possivelmente no volume de flatulência detectado por parte do proprietário;

®     Desconforto abdominal leve causado por distensão gastrointestinal;

®     Sinais gastrintestinais intercorrentes: vômito, borborigmo, diarreia e perda de peso.

 

Tratamento:

1.    Tratar qualquer gastroenteropatia subjacente;

2.    Se houver suspeita de causa dietética trocar por uma dieta pobre em fibras e em gorduras altamente digeríveis;

3.    Desestimular o excesso de ingestão alimentar, fornecendo refeições menores, mais frequentemente em um ambiente calmo, sem competição;

4.    Desestimular exageros dietéticos;

5.    Evitar ingestão de lixo e coprofagia;

6.    Estimular o estilo de vida ativo, de maneira que consigam expulsar gases e fezes intestinais durante o exercício (TILLEY; JR; K, 2015).

 

Estudo:

O propósito desse estudo foi obter informação sobre aspectos do estilo de vida e dieta de cães, que podem ser relacionados à flatulência; se os cães eram flatulentos ou não, e se os tutores se preocupavam com a flatulência desses animais (JONES; JONES; TURNER; ROGATSKI, 1998).


Resultados:

®     Flatulência foi detectada por 47 tutores, e ocorreu mais frequentemente dentre os cães menos ativos que os que se exercitavam mais frequentemente. Nenhuma dieta individual ou associação dietética foi identificada. Dezenove dos 47 tutores dos cães flatulentos alterariam a dieta do cão se a mudança reduzisse a flatulência.


Referências:

JONES, B. R.; JONES, K. S.; TURNER, K.; ROGATSKI, B. Flatulence in pet dogs. N Z Vet J, 46, n. 5, p. 191-193, Oct 1998.

TILLEY, L. P.; JR, S.; K, F. W. Consulta Veterinária Em 5 Minutos: Espécies Canina e Felina.  2015.


à Essa tecnologia pode ser encontrada em farmácias de  manipulação.

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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