Flatulência
Fatores Associados
Flatulência é a formação excessiva de gases no estômago ou no intestino, liberados pelo ânus. Ocorre mais em cães do que em gatos. Resulta, frequentemente, de exagero dietético, mas pode anunciar uma gastroenteropatia mais séria.
As duas fontes principais de gases intestinais são:
O gás intestinal é composto, primariamente, de nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, metano e dióxido de carbono; todos inodoros. Gases fétidos como amônia, hidrogênio, sulfetos, escatóis, indóis, mercaptanas, amina voláteis e ácidos graxos de cadeia curta compõem menos de 1% do gás intestinal.
Dieta e Gases
Dietas fracamente digeríveis que escapam da assimilação intestinal, e com isso ficam disponíveis para fermentação colônica, proporcionam liberação de gases fétidos associados com flatulência.
® Dietas com alta concentração de
leguminosas (como farelo de soja, que contém oligossacarídeos indigeríveis);
® Dietas estragadas;
® Dietas ricas em gordura e laticínio.
Outros Fatores que Levam à Formação de Gases
1.
A alteração rápida na dieta ou o aumento
na concentração de um componente dietético (sobretudo carboidratos ou fibras)
podem causar flatulência no período de adaptação intestinal;
2.
A aerofagia
causada por glutonaria ou dispneia;
3.
Estados
doentios que causam má-assimilação de nutrientes, tornando-os disponíveis para
fermentação colônica, como enteropatia inflamatória, proliferação bacteriana no
intestino delgado, neoplasia, síndrome de intestino irritável, parasitismo,
enterite bacteriana, enterite viral, insuficiência pancreática exócrina (TILLEY; JR; K, 2015).
Sintomas:
® Aumento na frequência e possivelmente no
volume de flatulência detectado por parte do proprietário;
® Desconforto abdominal leve causado por
distensão gastrointestinal;
® Sinais gastrintestinais intercorrentes:
vômito, borborigmo, diarreia e perda de peso.
Tratamento:
1. Tratar qualquer gastroenteropatia subjacente;
2. Se houver suspeita de causa dietética trocar
por uma dieta pobre em fibras e em gorduras altamente digeríveis;
3. Desestimular o excesso de ingestão alimentar,
fornecendo refeições menores, mais frequentemente em um ambiente calmo, sem
competição;
4. Desestimular exageros dietéticos;
5. Evitar ingestão de lixo e coprofagia;
6. Estimular o estilo de vida ativo, de maneira
que consigam expulsar gases e fezes intestinais durante o exercício (TILLEY; JR; K, 2015).
O propósito desse estudo foi obter informação sobre aspectos do estilo de vida e dieta de cães, que podem ser relacionados à flatulência; se os cães eram flatulentos ou não, e se os tutores se preocupavam com a flatulência desses animais (JONES; JONES; TURNER; ROGATSKI, 1998).
Resultados:
® Flatulência foi detectada por 47 tutores, e
ocorreu mais frequentemente dentre os cães menos ativos que os que se
exercitavam mais frequentemente. Nenhuma dieta individual ou associação
dietética foi identificada. Dezenove dos 47 tutores dos cães flatulentos
alterariam a dieta do cão se a mudança reduzisse a flatulência.
Referências:
JONES, B. R.; JONES, K. S.; TURNER, K.; ROGATSKI, B. Flatulence in pet dogs. N Z Vet J, 46, n. 5, p. 191-193, Oct 1998.
TILLEY, L. P.; JR, S.; K, F. W. Consulta Veterinária Em 5 Minutos: Espécies Canina e Felina. 2015.
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