Parasitismo em Aves

Fármacos Anti-helmínticos e Antiparasitários

Parasitismo em Aves

Características

Os psitacídeos domésticos (periquito australiano, calopsitas e agapornis) são mais abundantes em cativeiros, portanto tem sido mais utilizados em estudos farmacológicos .As doses estabelecidas para essas espécies comuns são as que acabam sendo usadas como referência para as espécies mais raras (ANDRADE  2002).

Parasitismo em Aves

As doenças parasitárias costumam ser mais frequentes e causar quadros mais graves em animais que vivem em cativeiro, quando comparados àqueles de vida livre. Isso se deve a diversos fatores como:

à Estresse;

à Higiene;

à Nutrição e área restrita.

O parasitismo por endoparasitos é comum em aves mantidas em cativeiro. Esses agentes podem causar infecções e doenças de acordo com o tipo de manejo, resistência dos animais, potencial biótico dos patógenos e a própria rusticidade destas aves. Vale ressaltar que as aves silvestres são suscetíveis a diversas doenças comumente diagnosticadas nas aves domésticas (COSTA; COELHO; BUENO; FERREIRA et al., 2010).

Parasitas Encontrados em Aves

Na maioria dos casos de parasitismo em aves cativas não há expressão de sinais clínicos. Esse fato aponta a importância da realização de exames parasitológicos frequentes nesses animais.

Um estudo realizou exames coproparasitológicos para monitorar as infecções parasitárias em 37 espécies de aves cativas no Parque Municipal Danilo Galafassi. Os parasitos encontrados pertencem aos gêneros Strongyloides, Eimeria, Capillaria, Deletrocephalus e Isospora, às superfamílias Strongyloidea, Ascaroidea e Spiruroidea, à ordem Trichurida e à classe Cestoda (SNAK; LENZI; AGOSTINI; DELGADO et al., 2014).

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Parasitismo em Aves

Características e Fármacos Usados

Outras Características Importantes

à Os helmintos são comumente relatados em infecções de aves silvestres;

à Essas infecções parasitárias geralmente não desencadeiam quadros clínicos, mas podem ter curso fatal em alguns casos;

à A mortalidade depende de fatores como estresse em cativeiro, ambiente inadequado e contato com hospedeiros intermediários;

à Os ovos dos endoparasitas são eliminados junto às fezes das aves hospedeiras;

à O diagnóstico das infecções é feito através de análises coproparasitológicas. Técnicas laboratoriais de microscopia direta, flutuação e sedimentação espontânea do material fecal são utilizadas para a detecção dos ovos. Por possuírem diferenças morfológicas no tamanho, espessura e formato, os ovos possibilitam a identificação dos helmintos parasitas de aves silvestres;

à Medidas de prevenção e controle envolvem desinfecção ambiental e garantia da imunocompetência das aves, além de se evitar recintos compartilhados com diferentes espécies de aves;

à O tratamento deve ser determinado de acordo com os resultados das análises coproparasitológicas, que devem ser repetidas com certa frequência (MELO; OGLIARI; FERRAZ; OLIVEIRA et al., 2019).

Medicamentos Utilizados

Os medicamentos oferecidos para aves de pequeno porte são normalmente administrados na água de bebida. Porém, aves doentes ou debilitadas podem não ingerir liquido ou medicamento em quantidade suficiente para manter esses níveis terapêuticos. A Administração de medicamentos diretamente no bico é um procedimento mais estressante para a ave, porém, tem-se a certeza a ingestão da dose correta (ANDRADE  2002).

Referências:

COSTA, Í. A.; COELHO, C. D.; BUENO, C.; FERREIRA, I. et al. OCORRÊNCIA DE PARASITOS GASTRINTESTINAIS EM AVES SILVESTRES NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, RIO DE JANEIRO, BRASIL. Ciência Animal Brasileira, 11, n. 4, p. 914 - 922, 12/21 2010.

MELO, Y.; OGLIARI, K.; FERRAZ, H.; OLIVEIRA, R. et al. OVOS DE HELMINTOS ENCONTRADOS EM FEZES DE AVES SILVESTRES. Enciclopédia Biosfera, 16, p. 1129-1148, 06/30 2019.

ANDRADE  , S. F. Manual de Terapêutica Veterinária. Rocca 2002.