Uso de Fluoxetina em Crianças com Espectro Autista

Estudos Científicos
28/abr/2021

Reduz os Escores que Medem os Transtornos Obsessivos-Compulsivos


Uso de Inibidores da Recaptação de Serotonina no Autismo em Crianças

Auxilia na Diminuição dos Escores que Medem os Transtornos Comportamentais

AutismoDéficit da comunicação social e interação; Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

A Desordem do Espectro Autista (DEA) representa uma condição caracterizada pelo comprometimento da comunicação e interação social, e padrões restritos e repetitivos de interesses, comportamentos ou atividades. Ela coexiste com diversas características clínicas, como déficit intelectual, epilepsia, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), desordens de linguagem, depressão, distúrbios do sono e gastrointestinais.

 

Transtorno do Espectro Autista e ISRSs

Relatórios publicados indicam que mais da metade das crianças e adolescentes com autismo são tratados com inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), apesar de evidencias inconclusivas sobre sua eficácia.

A eficácia de quatro desses inibidores (fluoxetina, fluvoxamina, fenfluramina e citalopram) no autismo foi examinada em um estudo de revisão. Nove ensaios clínicos randomizados envolvendo 320 participantes foram avaliados, com 17 medidas de resultados diferentes relatadas. A maioria dos dados não era adequada para a metanálise, exceto para avaliação da Impressão Clínica Global. Dois estudos em adultos com fluoxetina e fluvoxamina demonstrou resultados superiores desses ISRSs em relação ao placebo. Houve melhora em relação a ansiedade e comportamentos agressivos.

De acordo com essa meta-análise foi concluído que não havia evidência da efetividade dos ISRSs para o transtorno do espectro autista em crianças e em adultos os resultados eram limitados. Portanto, esse estudo publicado em 2019 no periódico internacional JAMA teve como objetivo determinar a eficácia na redução da frequência e severidade dos comportamentos repetitivos e estereotipados em crianças com autismo e avaliar a tolerabilidade das crianças a esse medicamento.



Estudo Comprova

Fluoxetina nas Desordens do Espectro Autista em Crianças

Estudo conduzido por Reddihough et al. (2019) teve como objetivo avaliar a eficácia da fluoxetina na diminuição da frequência e a severidade do comportamento obsessivo-compulsivo em crianças com espectro autista.

Resultados:

Ø  A média dos escores CYBOCS-PDD após as 16 semanas de tratamento em comparação à linha base reduziu de maneira significativa no grupo fluoxetina de 12,8 para 9,02 (redução de 3,72 pontos - IC  95% [intervalo de confiança] -4,85 a -2,60);

Ø  A média dos escores CYBOCS-PDD após as 16 semanas de tratamento em comparação à linha base reduziu de maneira significativa no grupo placebo de 13,13 para 10,89 (redução de 2,53 pontos – IC 95% -3,86 a -1,19);

Ø  A diferença média entre os grupos foi de -2,01 na semana 16 (IC 95%: -3,77 a -0,25 – p=0,03).

Conclusão:

De acordo com os resultados, em crianças e adolescentes com desordens do espectro autista, o tratamento com fluoxetina comparado com o placebo resultou em diminuição significativa dos escores que medem os transtornos comportamentais na semana 16. 


Referências:

REDDIHOUGH, D. et al. Effect of Fluoxetine on Obsessive-Compulsive Behaviors in Children and Adolescents With Autism Spectrum Disorders: A Randomized Clinical Trial. JAMA. 2019 Oct 22;322(16):1561-1569. doi


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Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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