Crocus sativus
nas Doenças Oculares
Auxilia na
Diminuição dos Sintomas Associados com essas Patologias
As doenças oculares neurodegenerativas,
como glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinite
pigmentosa e retinopatia diabética, são as principais causas de cegueira
irreversível no mundo. Nessas patologias, os mecanismos que induzem a morte
neuronal ainda não foram esclarecidos, mas até o momento acredita-se que eles
compartilham alguns mecanismos:
Ø Comprometimento
da função mitocondrial;
Ø Disfunção
do sistema ubiquitina-proteassoma;
Ø Acúmulo
de proteínas dobradas e excitotoxicidade do glutamato;
Ø Estresse
oxidativo;
Ø Ativação
de células gliais;
Ø Processo
inflamatório.
Crocus
sativus
O Crocus sativus é uma planta
pertencente à família Iridaceae, utilizado na preparação de alimentos
desde os tempos antigos. Nos estigmas do C. sativus, é possível
encontrar mais de 100 metabólitos, incluindo isômeros de carotenoides (a-crocetina,
glicosídeo crocina, pirocrocina e aglicona-safranal) e antioxidantes (zeaxantina,
vitamina B12 e licopeno), que têm demonstrado diversos usos farmacológicos e
terapêuticos, sendo que a crocetina e crocina são os principais componentes
bioativos que favorecem os efeitos do saffron.
Saffron
nas Doenças Oculares Neurodegenerativas
1. Glaucoma
O glaucoma é uma doença neurodegenerativa associada à perda de células ganglionares da retina (CGR) e ativação microglial. O tratamento padrão objetiva o controle da pressão intraocular, mas, ocasionalmente, não impede a progressão da doença.
Entre os mecanismos do saffron avaliados em estudos prévios in vitro, estão a redução do comprometimento da retina parcialmente pela inibição de caspases, a diminuição da apoptose das células ganglionares da retina e reversão de alterações morfológicas em células da microglia (como diminuição da regulação de CX3CR1 e aumento da regulação de TNF-a, ciclo-oxigenase-2, óxido nítrico sintase indutível e IL-1ß). Além disso, a crocina e crocetina inibem a morte de CGR pela redução no número de células TUNEL positivas e 8-hidroxi-2-deoxiguanosina positivas, que são marcadores de estresse oxidativo.
2. Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
A DMRI é também uma doença ocular neurodegenerativa, na qual sua patogênese envolve inflamação crônica e estresse oxidativo. As alterações nas células fotorreceptoras e nas células epiteliais de pigmento retinal (RPE) são eventos precoces que causam perda da função visual.
A crocetina previne a diminuição das amplitudes de onda a e b do eletrorretinograma instantâneo, reduz o número de células TUNEL positivas na camada nuclear externa da retina e inibe uma diminuição na espessura dessa camada. Além disso, reduz a apoptose dos fotorreceptores pela supressão do aumento da atividade das caspases 3 e 9 após dano retinal. Estudos in vitro também demonstraram que o saffron diminuiu os danos relacionados com as doenças neurodegenerativas da retina.
3. Retinopatia Diabética
A retinopatia diabética (RD) é uma das principais complicações do diabetes mellitus, relacionada a diferentes mecanismos etiopatogênicos, como estresse oxidativo, apoptose e inflamação, o que leva à degeneração e perda de CGR.
Tem sido indicado que a suplementação de saffron pode exercer efeitos benéficos nas doenças neurodegenerativas e outras desordens oculares. Por isso, pesquisadores conduziram um estudo de revisão (FERNÁNDEZ-ALBARRAL; DE HOZ; RAMÍREZ; LÓPEZ-CUENCA et al., 2020). Pesquisas em animais e humanos demonstraram que a crocina é hidrolisada em crocetina durante o processo de absorção intestinal. Uma vez na circulação, a crocetina, devido à sua fraca ligação à albumina, atinge diferentes tecidos e pode atravessar a barreira hematoencefálica. Outros componentes presentes no Crocus sativus também atuam no auxílio do gerenciamento das doenças oculares.
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